Leio que um deputado da Paraíba apresentou projeto de lei que obriga a execução amiúde do hino nacional, nas escolas.
Muito bem, deputado.
Tenho minhas sérias reservas quanto à obrigatoriedade (de qualquer coisa, viva o livre arbítrio!), mas há tanta imbecilidade e preconceitos por aí que certas coisas simplesmente não são feitas espontaneamente.
No grupo escolar perfilávamos diariamente para cantar o hino nacional, e ocasionalmente o hino da independência e/ou o hino à bandeira. Era o "nó suíno", brincávamos os moleques. Mas é inesquecível a professora Zita Zart, de português, interrompendo o hino para nos corrigir a ortoépia (ou seria a prosódia?): "É espêlha essa grandeza, e não espélha!!! De novo!!!"
Não esqueço a professora, nem a lição, nem o hino.
Eram os anos 70, e depois disso a lamentável "desmilitarização" extrema acabou até com o que era bom, até mesmo com a necessária autoridade dos educadores (mas este é outro assunto).
Acho incrível -- 35 anos depois -- ainda ter que ver, nas raras execuções públicas, o povo diminuindo a voz e se embananando com o "sonho intenso" e o "amor eterno". Não erro mais, desde que me ensinaram o macete, "primeiro a gente sonha, depois a gente ama". Simples e eficiente.
Sim, o importante é aprender, e praticar a canção nacional; cada um que depois entenda a letra, sinta a música e exerça seu patriotismo como quiser, seja cantando sob a bandeira do MST ou da UDR.
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Há 9 horas
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