Um grupo de "manos", cinco ou seis, vestidos a caráter hip-hop, da turma que já foi justamente impedida de entrar em shoppings por aqui, faziam algazarra dentro de uma estação-tubo no centro de Curitiba. Chamada pelo cobrador, ou pelo fiscal da Prefeitura, a PM chegou e os policiais começaram a educadamente conversar com os meninos, pedindo respeito aos demais usuários.
E não é que um casal, totalmente sem-noção, aparentando uns 30 anos ou menos e se dizendo advogados, interferiu, desautorizando os policiais com um discursinho mequetrefe em nome da liberdade de ir e vir, só porque acreditaram que a conversa girava em torno da roupa azul estilosa dos moleques.
Resultado: os policiais se retiraram, reclamando que depois a cobrança recai sobre eles; a minha colega e os demais usuários no local ficaram indignados, mas não interferiram (até por medo), e o casalzinho mala -- que ainda tem muito que aprender para não ofenderem os colegas ao se apresentarem como advogados -- ficou dando aulas de "direitos aos manos" (kkkk), e os manos dali voltaram à bagunça.
Ora! Lição fundamental de cidadania: o direito de cada um termina onde começa o direito do outro.
Essa história de liberdade sem responsabilidade é a culpada por gerações de pais que precisam de "supernannies" para educar seus filhos, na tentativa de retomar alguma civilidade dentro de casa, que dirá na rua.
Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Só dá certo se os três conceitos forem bem compreendidos e aplicados em conjunto.
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Caro Nando, questão delicada essa que vc propôs. O Brasil carece desesperadamente de ensino público de qualidade, para diminuirmos as desigualdades e possibilitarmos mais acesso à cultura e à cidadania. Grotesquices como as que vc relatou são corriqueiras aqui em Sampa, embora sejam protagonizadas por pessoas das mais diferentes tribos e origens. A questão é de educação mesmo.
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