terça-feira, 18 de novembro de 2008

A doce atração do fascismo

Promotora defende castração química para pedófilos: “Se o abusador parasse de abusar depois que cumprisse sua pena, tudo bem. Mas quando ele sai (da prisão), vai abusar de novo”, argumenta.

É, faz sentido. E já que estamos indo por esse caminho da moralização pelo fascismo, há tantas outras "boas idéias", que poderiam muito bem se estender a outros criminosos que abusam da sociedade e sequer vão para a prisão e, não sei porque, me ocorre agora que se poderia começar pelos "políticos corruptos", não é verdade?

Uma marca na testa, uma tatuagem em forma de estrela ou qualquer coisa irremovível, como um colar ou uma tornozeleira, por exemplo. Ou um implante de chip, que permita a fácil localização e identificação do sujeito, ou que ele não se afaste de casa, por que não? (Essa tecnologia existe e já me fez de vítima: a seguradora já me obrigou a por um chip no meu carro, e se a minha moto for afastada de mim, ela começa a berrar...)

Ah, e depois, que tal juntá-los em guetos, ou talvez em campos???? Mas, puxa, um momento, há uma dificuldade, aquela mesma de sempre: quando se instalar o fascismo, quem vai marcar e controlar os fascistas?

A propósito, só para não perder a oportunidade. A palavra fascismo deriva do latim fasces, que era uma espécie de machado, símbolo dos magistrados, representativa do poder do Estado e da unidade do povo (o que ao longo da história já foi entendido como "uniformidade" do povo, no pior sentido possível) . Brrr..., além de ser de arrepiar, não resolveu nem mesmo para a então toda poderosa Roma, e nos dias de hoje nem a China é mais tão uniforme assim.

Ou seja, de novo, nada de novo.
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