É o poder público empurrando os fumantes para a rua (coisa que as empresas já vinham fazendo há tempos), ou para os locais de exceção, como os terreiros em que ficou permitido o "fumo ritualístico" -- o que evidencia que as pombas-gira têm mais poder político que os demais fumantes.
Mas praga não se combate por decreto, assim como não se decretam o bom senso e a educação, e logo haverá debate sobre o aumento dos zés e marias-fumaças (que já andam) pelas calçadas, ameaçando outros transeuntes com suas brasas em riste e insensatamente soprando seus dejetos pulmonares ao vento, e ao rosto dos demais, sob a falaciosa alegação de que não lhes restou nenhuma alternativa -- a não ser o "incômodo" de pararem de fumar.
E as bitucas? Adotarão os fumantes o saudável hábito de andar com saquinhos plásticos à mão, tal e qual (alguns) donos de cachorro, ou os garis passarão a ter mais trabalho, para que na primeira enxurrada os bueiros não se entupam? Ah, não, claro que logo alguém pensará na solução óbvia, uma licitação para comprar cinzeiros -- pagos pelos contribuintes!
Enquanto isso, os fabricantes e vendedores que lucram com a desgraça alheia prometem lutar na justiça pelo "respeito ao direito dos fumantes" e, claro, para manter seu rico negocinho de câncer em maços. Ora, quem quer respeito, dá-se o respeito.
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Muito bem, caro Nando, seu post mostra claramente que deve haver bom senso e boa vontade das pessoas em todos os novos processos. Percalços e problemas colaterais vão surgindo e precisam também ser encarados com inteligência. Não que tais efeitos não pudessem ter sido previstos pelos legisladores e governantes, mas aí, no Brasil, a gente já estaria pedindo demais. Planejamento, aqui, não existe. Abração!
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