quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Na moita

Sempre achei que quem ganha a vida honestamente não precisa ficar se escondendo.

Pois aqui na saída de Curitiba para São Paulo tem uma daquelas "lombadas eletrônicas", que antes de ser desativada limitava a velocidade na rodovia a 60 km/h, pois há favelas de ambos os lados da estrada e um considerável números de pedestres a atravessa por ali.

De uns tempos para cá, depois que o aparelho foi desligado enquanto a concessionária do pedágio não assume de vez a estrada, ao se passar pelo local é normal ver "agentes da lei " agachados atrás das muretas de concreto que dividem as pistas, com o radar apontado ora para um, ora para outro lado da rodovia.

Não bastasse a posição constrangedora para o próprio oficial, o que é mais importante? Se é para os motoristas reduzirem a velocidade, para evitar atropelamentos, então o resultado seria plenamente alcançado se o policial e sua viatura ficassem bem visíveis à distância. Do jeito sorrateiro com que insistem em agir, fica evidente que o que importa mesmo é multar, ou sabe-se lá o que, essas coisas que povoam o imaginário popular e denigrem toda uma categoria em que há muita gente boa.

As ilustrações desta nota são de uma artista russa, Olga Gramova (via englishrussia.com), e revelam que essa prática infeliz não é exclusividade tupiniquim.

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Um comentário:

  1. Lamentavelmente, caro Nando, nas questões de trânsito, parece que a última coisa que preocupa as autoridades é a segurança dos pedestres e até dos próprios motoristas. Arrecadar é preciso, então para que orientar e se fazer visível? Vai na moita mesmo!

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