Doente, feia, ela mal sustentava alguns galhos e seu verde era mais das epífitas do que das próprias folhas. Tinha um jeitão de que não iria aguentar o próximo vendaval. Mas ainda assim tinha forças para atrair passarinhos de cores e tamanhos variados. Nela cantava o sabiá que me acordava às 4h30 da manhã, como já contei num post.
Hoje de manhã quando saí para o trabalho ela ainda estava lá.
Agora, já era.
Minha mulher telefona e manda a foto, o pessoal da Prefeitura a derrubou em minutos, e à noite deve passar o caminhão para recolher.
Para o vizinho, além da sujeira das folhas e galhos secos, ela representava transtorno, pois interrompia o acesso ao portão, e risco, pois facilmente esconderia alguém, bem na saída da garagem.
Mais um medo entre tantos nesta cidade. Menos uma árvore entre tão poucas.
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